Reabsorção nos Nefrons
Nós podemos observar a anatomia do nefron na figura 2. Ele é composto por um sistema de tubos e filtros responsáveis pela limpeza do sangue. O sangue entra pelo néfron através da arteríola aferente. A arteríola aferente desemboca em uma espécie de vesícula ou bolsa chamada cápsula de Bowman. Dentro da cápsula de Bowman há a presença de um grande filtro chamado glomérulo, que tem a função de reter grandes elementos do sangue, como as células sanguíneas e as proteínas de grande tamanho. Esses elementos após retidos, saem da cápsula através da arteríola eferente, e voltam ao sangue pelos inúmeros capilares que cercam os néfrons.

Figura 2 – Anatomia dos nefrons
O que não foi reabsorvido segue na cápsula de Bowman até o túbulo proximal, onde glicose e carbohidratos, ácidos graxos essenciais, proteínas e aminoácidos, vitaminas e minerais sofrem um intenso processo de reabsorção ativa, o que faz com que nenhum desses elementos passe do túbulo proximal, em condições normais. Também ocorre reabsorção passiva de água e minerais. Todas esses elementos também são reabsorvidos pelos capilares que rodeiam o néfron. O túbulo proximal acaba na alça de Henle e esta desemboca no túbulo distal. Como quase toda substância útil já foi reabsorvida, apenas água, Na e outros minerais, além dos elementos tóxicos, uréia, acido úrico e creatinina, chegam á alça de Henle e ao túbulo distal. A reabsorção de água na alça de henle e no túbulo distal esta diretamente relacionada com a quantidade de urina e com a diurese. Assim, quanto mais água é reabsorvida, menos água na urina, o que significa menor diurese e urina mais concentrada. O oposto também é válido; quanto menor a reabsorção maior a diurese e mais diluída a urina. Dois hormônios regulam esse fenômeno. O ADH (hormônio antidiurético) é secretado pela neurohipófise e tem efeito de aumentar a permeabilidade a água no túbulo coletor o que leva a sua maior reabsorção. O aumento de reabsorção de água leva a maior reabsorção de Na, e isso tem como efeito menor diurese e retenção de água, o que provoca aumento de volemia sanguinea e de pressão arterial. O ADH é secretado sempre que receptores hipotalâmicos percebem diminuição de concentração de Na e consequente diminuição de pressão arterial. Já a aldosterona provoca a reabsorção ativa de Na na alça de Henle, no túbulo distal e no coletor e por osmose ocorre a reabsorção de água junto, também aumentando volemia e pressão arterial. Ela é secretada pelas supra renais após estimulo da angiotensina, hormônio secretado pelos rins quando ocorre queda da pressão arterial. Esses dois hormônios portanto atuam para que ocorra um aumento de pressão arterial, aumentando a reabsorção de Na e água. Eles também determinam se a urina será mais ou menos concentrada ; a atuação dos hormônios diminui a excreção de água o que faz a urina ficar bastante concentrada. Já na ausência dos hormônios diminui a reabsorção de água o que torna a urina bastante diluída.
O túbulo distal deságua no túbulo coletor e este nos cálices e pelve renal, onde a urina é depositada. Em seguida ela cai no ureter que vai chegar à bexiga, onde a urina fica guardada. Quando a bexiga fica cheia, o nervo vago envia a mensagem até a medula, que faz com que o órgão contraia e expulse a urina. Ela cai na uretra e aí será excretada através do processo de micção.
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